domingo, 3 de junho de 2012

Romeu Sassaki defende vida inclusiva e independente

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De Aracaju, Anderson Barbosa
O segundo dia do I Congresso e V Encontro Sergipano sobre Síndrome de Down começou com a palestra magna do assistente social, consultor em educação inclusiva e ativista social, Romeu Kazumi Sassaki. Com 52 anos de atuação na área social, compartilhou as experiências e ajudou a entender melhor alguns pontos referentes ao tema – “Conquista Inclusiva: Vida Independente”.
Para o consultor, as pessoas com deficiência precisam lutar, juntamente com os familiares,  para exigirem o respeito a estes cidadãos que podem deixar suas marcas em diversos setores da sociedade, calando o preconceito que ao longo das décadas foram reproduzidos  e só contribuíram para aumentar as distância entre o real e àquilo que as pessoas querem enxergar.

Fonte: http://www.clmais.com.br/

“As nossas leis não são perfeitas, mesmo assim precisamos usar o melhor que elas têm a oferecer. Passemos pelos erros, tentemos consertá-los. Temos o direito de usá-las e a sociedade de respeitá-las”, reafirmou Sassaki, respaldado na lei 7.853, de 24 de outubro de 1989 que “constitui crime punível com reclusão de um a 4 anos de prisão, e multa” por “recusar, suspender, cancelar ou fazer cessar, a inscrição de aluno em estabelecimentos de ensino de qualquer curso ou grau”.
Em março deste ano, utilizando esta e outras leis, inclusive a Constituição Brasileira, o  juiz da Vara da Infância e da Juventude, de Itabira/MG, Pedro Câmara Raposo Lopes, concedeu liminar para que a criança GSFS, 7 anos, com histórico de transtorno do espectro de autismo, frequentasse as aulas de uma escola sem o pagamento do valor adicional exigido pela direção da escola no valor de  R$ 7.635,87.
Respeito à individualidade: Fazendo uso da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que é a Resolução da ONU número A/61/106 de 13 de dezembro de 2006, lembrou da classificação das deficiências ressaltando que em cada uma existem as sub-deficiências (níveis ou graus, por exemplo da surdez que pode ser moderada, leve, etc...). “O importante é reconhecer a diversidade. Você pode colocar dez pessoas com síndrome de down e verá que existe uma singularidade em cada uma”, reforçou.
Romeu observou ainda a existência da Deficiência Psicossocial, pouco conhecida e compreendida  pelas pessoas, muitas vezes confundida com a deficiência intelectual. Explicou ainda, que também é necessário compreender que pessoas com deficiência é aquela que tem um impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual e sensoriais.  

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